terça-feira, 12 de julho de 2011

A Cara da Poesia



O poeta Malungo sempre se mostrou inquieto com algumas questões durante a sua trajetória. Ora, todos os poetas, artistas e pessoas de ideias que se prezem são, e devem ser mesmo, inquietas com a realidade, mas, o que diferencia o poeta Malungo do resto da maioria é a sua preocupação em fazer algo, em contribuir para que mais pessoas se beneficiem da circulação das ideias através da literatura. Para ele não basta somente escrever, recitar, editar e publicar poesia e sim fazê-la circular, torná-la parte da vida das pessoas, e não só a poesia de autoria dele, mas de toda a poesia de qualidade.


E foi dessa sua inquietação que surgiu o seu envolvimento com os fanzines.
Inicialmente, participando de zines editados por outros, como o Poesia Descalça, Balaio de Gato e Caos. A partir de 2000 começou a editar o Frente e Versos que durou até 2002 quando apareceu o De Cara com a Poesia, fruto de sua parceria inicial com o poeta Bruno Candéas.

Este fanzine não veio com o objetivo de divulgar a ideias de seus editores, de um grupo de poetas, de uma academia, nada disso, apareceu pra difundir e incentivar a criação poética na sua forma mais abrangente.


O fanzine é amplamente distribuído em dezenas de pontos, principalmente bibliotecas públicas e de forma totalmente gratuita, sua tiragem é (hoje, julho/2011) de 5000 exemplares, também são enviadas cópias, seja pelos correios ou internet para diversos estados do país, ou seja, dá pra todo mundo!


Mas nada disso funciona sem que haja muito esforço e até mesmo abnegação. Todo esse trabalho, infelizmente, ainda esbarra na falta de de apoio e compreensão por parte de alguns setores que insistem em não perceber a importância agregadora e socializante do fanzine, aliás, que já deixou de ser um fanzine qualquer, e já é, "queiram ou não queiram os juízes", parte da cena cultural do estado. Nele o leitor pode ter as mais variadas informações, sobre, por exemplo, eventos, recitais e sites através dos quais se pode ter contato com a poesia viva e onde escritores iniciantes e aspirantes a poeta podem intercambiar seu trabalho.


Portanto, e com o perdão da redundância e do trocadilho infame, o De Cara mostra a cara da poesia, e não dá para ignorar a importância de um veículo como esse, que se preocupa não só em falar, mas principalmente, em fazer com que se fale e que se tenha vez as ideias de quem pensa alguma coisa boa para a humanidade.


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